Será que te encontro? E te reconheço?
Será que me reconheces?
Será que daí escutas
as minhas preces?
Aquele vinho que não tomamos juntos.
Tantas histórias, tantos assuntos
Troca de experiências em meio a brincadeira.
Um ipê florido. Falar besteira.
Incerta certeza
que gera a discussão.
Meu cafezal em flor
Acordes de violão.
Tuas conquistas, meu orgulho
Teu abraço, meu abrigo.
Tapetes de flor de jambo.
Saudades de um velho amigo.
Bem vindos ! Este blog destina-se às publicações dos acadêmicos da Academia de Letras Joaquim Osório Duque Estrada em Paty do Alferes - RJ
sábado, 29 de fevereiro de 2020
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
NA CORDA BAMBA - por Guaracy Muniz Carioca
Segue a alma encarnada equilibrando-se sobre a frágil corda da vida. Sente o peso do corpo por sobre os pés. Caminha lenta, vacilante, pois há névoas no vale e não se enxergam os horizontes.
Pode olhar para trás, mas não retornar. Doem as solas dos pés em contato com a fina e tesa corda. Dói o peso dos anos sobre os joelhos. Dói o peso das mortes dos amigos queridos por sobre os planos.
Vem o vento das mudanças com lufadas inesperadas, nos empurrando para fora da pequena e frágil zona de pequenos confortos que criamos.
Seguir adiante é necessário. É obrigatório. É imprescindível.
A vara é o contraponto. É o pesar no lado oposto ao que estávamos nos inclinando. É a opinião oposta, incômoda, indigesta. É o desconhecido batendo à sua porta. É o convite para sentar-se à mesa com teus inimigos, teus temores e traumas.
E a fé é o que te faz dar mais um passo quando você não quer nada além de saltar e cair e se libertar da gravidade a lhe ferir os pés, da desesperança a lhe ferir a mente, do vazio a lhe ferir o coração. A fé te faz dar mais um passo quando a névoa é espessa e já não se vê nem corda, nem vara, nem nada de interessante mais adiante.
É preciso apaixonar-se pela incerteza para receber o agridoce beijo do surpreendente. E o tropeço te empurra ao passo indesejado até que se perceba que tínhamos asas que nos foram cortadas desde o momento em que nascemos e que só a perseverança as trará de volta com toda sua plenitude original.
E a corda...A corda era apenas a borda do ninho.
Pode olhar para trás, mas não retornar. Doem as solas dos pés em contato com a fina e tesa corda. Dói o peso dos anos sobre os joelhos. Dói o peso das mortes dos amigos queridos por sobre os planos.
Vem o vento das mudanças com lufadas inesperadas, nos empurrando para fora da pequena e frágil zona de pequenos confortos que criamos.
Seguir adiante é necessário. É obrigatório. É imprescindível.
A vara é o contraponto. É o pesar no lado oposto ao que estávamos nos inclinando. É a opinião oposta, incômoda, indigesta. É o desconhecido batendo à sua porta. É o convite para sentar-se à mesa com teus inimigos, teus temores e traumas.
E a fé é o que te faz dar mais um passo quando você não quer nada além de saltar e cair e se libertar da gravidade a lhe ferir os pés, da desesperança a lhe ferir a mente, do vazio a lhe ferir o coração. A fé te faz dar mais um passo quando a névoa é espessa e já não se vê nem corda, nem vara, nem nada de interessante mais adiante.
É preciso apaixonar-se pela incerteza para receber o agridoce beijo do surpreendente. E o tropeço te empurra ao passo indesejado até que se perceba que tínhamos asas que nos foram cortadas desde o momento em que nascemos e que só a perseverança as trará de volta com toda sua plenitude original.
E a corda...A corda era apenas a borda do ninho.
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