Bem vindos ! Este blog destina-se às publicações dos acadêmicos da Academia de Letras Joaquim Osório Duque Estrada em Paty do Alferes - RJ
quinta-feira, 16 de julho de 2020
O berço e a vida
sexta-feira, 10 de julho de 2020
"O QUE IMPORTA É A PRODUÇÃO"
O que importa é a produção ! (fragmento 2020)
quarta-feira, 29 de abril de 2020
terça-feira, 3 de março de 2020
SEGUNDO ESTUDO ANACREÔNTICO – AFÃ DÓRICO - por Vitor Ferreira
Firme a casa do Pai,
sábado, 29 de fevereiro de 2020
SAUDADES DE UM VELHO AMIGO - por Guaracy Muniz Carioca
Será que me reconheces?
Será que daí escutas
as minhas preces?
Aquele vinho que não tomamos juntos.
Tantas histórias, tantos assuntos
Troca de experiências em meio a brincadeira.
Um ipê florido. Falar besteira.
Incerta certeza
que gera a discussão.
Meu cafezal em flor
Acordes de violão.
Tuas conquistas, meu orgulho
Teu abraço, meu abrigo.
Tapetes de flor de jambo.
Saudades de um velho amigo.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
NA CORDA BAMBA - por Guaracy Muniz Carioca
Pode olhar para trás, mas não retornar. Doem as solas dos pés em contato com a fina e tesa corda. Dói o peso dos anos sobre os joelhos. Dói o peso das mortes dos amigos queridos por sobre os planos.
Vem o vento das mudanças com lufadas inesperadas, nos empurrando para fora da pequena e frágil zona de pequenos confortos que criamos.
Seguir adiante é necessário. É obrigatório. É imprescindível.
A vara é o contraponto. É o pesar no lado oposto ao que estávamos nos inclinando. É a opinião oposta, incômoda, indigesta. É o desconhecido batendo à sua porta. É o convite para sentar-se à mesa com teus inimigos, teus temores e traumas.
E a fé é o que te faz dar mais um passo quando você não quer nada além de saltar e cair e se libertar da gravidade a lhe ferir os pés, da desesperança a lhe ferir a mente, do vazio a lhe ferir o coração. A fé te faz dar mais um passo quando a névoa é espessa e já não se vê nem corda, nem vara, nem nada de interessante mais adiante.
É preciso apaixonar-se pela incerteza para receber o agridoce beijo do surpreendente. E o tropeço te empurra ao passo indesejado até que se perceba que tínhamos asas que nos foram cortadas desde o momento em que nascemos e que só a perseverança as trará de volta com toda sua plenitude original.
E a corda...A corda era apenas a borda do ninho.
sábado, 11 de janeiro de 2020
PARNASIANO - por Clayton Craveiro
De cada coisa um extrato,
Meu pólo assimétrico, por assim ser eu trato.
O grato pelo ser grato
não indica o consumado ato
Mas há de saber que em seu prato
há labor, há saber, há pecado
o androceu no geniceu
não há melhor transgressão
arsenikó kai thilykó
Etílico, eu como
se eu isso, eu aquilo
Eu idílico,
Eu Apolo,
no Parnaso fico.
AMORA - por Clayton Craveiro
Deitado na cama, se a janela estiver aberta, consigo ver um pé de amoras. Não aquelas amoras que aparecem na foto de geleia de supermercado ou sache de suíte de hotel. Amoras silvestres pretinhas e compridinhas. As raízes estão do lado do muro do vizinho que não liga para o pé e nem se dá conta do quanto gosto de amoras. Melhor assim. 😋
No fim do outono a amoreira perde toda sua folhagem. Fica pelada como uma árvore fantasma. A lua quando nasce no horizonte no final da tarde costuma aparecer atrás dos galhos secos.
Em agosto começa a brotar para depois fazer a festa dos canários, pardais, tucanos, claytons, e outros passarinhos que aparecem por aqui.
Nesse calorão de janeiro, suas folhas já começam a amarelar. Mas ainda faz aquela boa sombrinha.
Passa o tempo e ela, em seu ciclo sagrado, nem se dá conta da felicidade plácida que dá aos outros com seus frutos, sombra ou simplesmente por estar ali.