cópia do autor
o passado é uma paisagem em ruínas
visto de um barco à deriva.
sem o cais, sem as marcas das marés,
o risco são as lembranças.
o tempo demoliu as paredes e as janelas
contou as histórias que se perderam no pó
acumulado nos umbrais desnudos.
quanto riso e gritos de crianças ecoaram nos corredores
embolorados.
quantos morreram de amor no abafado das alcovas.
esse mar de lenhos e calhaus
onde os homens buscavam
sustentação.
esse mar de ondas e milagres resistiu ao tempo
e mais homens nasceram e peixes se multiplicaram.
o passado estava ali, obscuro
na paisagem das ruínas,
como um fio condutor,
entre a incógnita e o ponto de vista a partir do barco.
Sensacional Nilzanira! Obrigado por nos permitir essa reflexão. É verdade que "o tempo demoliu as paredes e as janelas", e faz falta "...as histórias que se perderam no pó", mas que bom as lembranças que nos restam, da infância e da juventude, mesmo que o futuro ainda seja uma "incógnita".
ResponderExcluirObrigada pelo seu comentário Edmilson. Sim, as lembranças são muito importantes e para mim são uma fonte de inspiração. Um poema se constrói com lembranças e emoção. Abraço
ExcluirSensacional Nilzanira! Obrigado por nos permitir essa reflexão. É verdade que "o tempo demoliu as paredes e as janelas", e faz falta "...as histórias que se perderam no pó", mas que bom as lembranças que nos restam, da infância e da juventude, mesmo que o futuro ainda seja uma "incógnita".
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